domingo, 30 de outubro de 2011

Eles não roubarão as nossas almas....


Alguns podem achá-la ultrapassada, "A Internacional", mas eu a acho cada dia mais atual. Pois os parasitas dos sistemas financeiros, as grandes corporações, são agora os nossos opressores. Destroem economias, destroem nações, destroem a dignidade dos povos. O mundo cada vez mais vive uma barbárie, com o desemprego alarmante, com as economias falidas, com democracias de fachada, com guerras que não levam a nada, com pessoas passando fome, quando tudo o que se gasta nessas guerras poderia acabar com a fome dessas pessoas. As nações precisam se unir em uma só voz, contra todos esses abutres que vivem e viverão sempre do trabalho das mulheres, dos homens e das crianças do mundo todo. Mas que saibam, eles não minarão as nossas forças, eles não corromperão os nossos espíritos e não roubarão as  nossas almas.










A INTERNACIONAL



Música: Pierre Degeyter
Letra: Eugene Pottier


De pé, ó vítimas da fome!

De pé, famélicos da terra!
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra.
Cortai o mal bem pelo fundo!
De pé, de pé, não mais senhores!
Se nada somos neste mundo,
Sejamos tudo, ó produtores!



Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional



Senhores, patrões, chefes supremos,
Nada esperamos de nenhum!
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum!
Para não ter protestos vãos,
Para sair desse antro estreito,
Façamos nós por nossas mãos
Tudo o que a nós diz respeito!



Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.



Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!



Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.



Abomináveis na grandeza,
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha!
Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu.
Querendo que ela o restitua,
O povo só quer o que é seu!
Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.



Nós fomos de fumo embriagados,
Paz entre nós, guerra aos senhores!
Façamos greve de soldados!
Somos irmãos, trabalhadores!
Se a raça vil, cheia de galas,
Nos quer à força canibais,
Logo verá que as nossas balas
São para os nossos generais!



Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.



Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!



Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional.

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