sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Roupas no Varal - ou sobre "Quem o machismo matou hoje"

Reproduzo aqui o texto de Tica Moreno do blog Roupas no Varal

O Roupas no Varal já está na relação de blogs aqui ao lado, assim como o  Quem o machismo matou hoje, cujo twitter está no texto da Tica, assim como a explicação sobre o surgimento deste blog e deste perfil no twitter. Quem poder, propague. Não podemos nos calar.

10, ou quem o machismo matou hoje?

Meu nome é Renata, mas poderia ser Noeli.
No ano passado fizemos uma semana de ativismo digital. Várias militantes feministas, mulheres e alguns homens se manifestaram via twitter, facebook, blogs, etc pelo #FimDaViolenciaContraMulher
Muita gente se envolveu, muita gente progressista não se envolveu. Um RT aqui, outro ali.
Nós da @marchamulheres atuamos nas ruas de várias cidades e na rede também, contribuindo pra que o #FimDaViolenciaContraMulher ficasse por um tempo nos TTBr, no dia 25 de novembro.
Alguns dos posts dessa semana estão aqui, mas eu queria falar de uma iniciativa que foi criada a partir desse ativismo digital, que funciona super bem e que deveria ter muito mais audiencia do que tem: o blog Quem o machismo matou hoje? e o twitter @machismomata
Nós sabemos que o machismo mata 10 mulheres por dia no Brasil.
Mas muita gente não se liga na concretude dessa estatística. São sonhos, projetos, amizades, bandas favoritas, ingresso pro jogo de futebol comprado, namoros, férias, reunião no dia seguinte, roupas no varal, livros na cabeceira, desejos, vestibular, twitter, facebook…….. que acabam por conta da violência contra as mulheres, da opressão, do machismo. A gente pode chamar de vários nomes.
São mulheres mortas por homens. Tem nome quem morreu, e tem nome quem matou.
E essa nossa sociedade só se liga na violencia sexista quando envolve alguém famoso, ou é um caso muito bizarro e cruel, escandaloso, que dá audiencia.
O @machismomata joga na nossa cara o cotidiano da violencia sexista. É dificil ler, embrulha o estômago. Mas ignorar e ocultar é covardia e conivencia.  Reconhecer/enxergar/visibilizar a violência contra as mulheres é um passo necessário pra combate-la. Tem que denunciar, se indignar, combater.
A violência contra as mulheres precisa acabar. E pra estar nessa luta, não precisa ser feminista e de esquerda. Basta ser humano.
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Sobre o mesmo assunto –> São tempos difíceis para as sonhadoras