quinta-feira, 24 de novembro de 2011

25 de Novembro - Dia Internacional Contra a Violência contra as Mulheres


Quem ama ajuda, quem ama abraça!




Reproduzo aqui o post do blog Blogueiras Feministas que conta a história da escolha do dia 25 de Novembro como o Dia Internacional contra a Violência contra as Mulheres e faz a chamada para a blogagem coletiva que iniciou no dia 20 e terá seu auge amanhã, dia 25 de Novembro.



No dia 25 de novembro de 1960, Pátria, Minerva e Maria Tereza, as irmãs Mirabal, foram brutalmente assassinadas a mando do ditador Trujillo. As três lideravam um movimento de libertação política da República Dominicana. Junto com seus maridos, familiares e outros participantes do movimento, Las Mariposas lutavam pelo fim da ditadura, da violência e pela democracia.
No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, a data do assassinato das Mirabal foi proposta como Dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.
2011 foi um ano marcado pelas Marchas das Vadias. Porém, sabemos que a violência contra a mulher não se resume apenas a violência física. Em todo mundo milhares de mulheres são vítimas de crimes e humilhações apenas por serem mulheres.
Convocamos uma Blogagem Coletiva pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Dia 25 de novembro publique um post sobre o assunto em seu blog e nos envie o link. Publicaremos uma lista com todos os posts participantes na tarde do dia 25 de novembro. A hashtag que será usada nas redes sociais é: #FimDaViolenciaContraMulher

Show machismo!
Show violência!
Quem ama ajuda,
quem ama agrada
Dá carinho e dá valor!
Quem ama ajuda,
Quem ama abraça
Dá carinho ao seu amor!


#Fimdaviolenciacontraamulher
Esta hastag não pode ser esquecida

sábado, 12 de novembro de 2011

O direito de sonhar - por Eduardo Galeano







O que é UTOPIA? UTOPIA é CAMINHAR

"Gracias Eduardo,
Estoy siempre haciendo apuestas que las cosas van a mejorar, perdí muchas veces de las que gané, pero las poquitas veces que gané, valieron todas las veces que perdí".


Por Enzo de Leon que postou este vídeo no youtube

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Se não é USP é cuspe. Mas, uma vez USP, se não se adaptar, o pau canta





Aqui, o desabafo de uma estudante da USP, postado no Facebook, que não estava entre os que participavam da ocupação da reitoria, mas que foi até lá para render outro estudante na locação onde produzem um Jornal estudantil daquela Universidade. Aproveitou e foi conversar um pouco com os que estavam ocupando a reitoria e presenciou todo o momento da reintegração de posse protagonizada pela polícia de São Paulo. Um verdadeiro absurdo o que relata. Só vimos coisa igual acontecer na época da ditadura militar.Mas a USP está cheia de problemas e o seu maior problema é o reitor, Rodas, persona não grata na Faculdade de Direito que coordenou a ferro e fogo. Vários outros blogs alternativos tem publicado matérias sobre a história desse reitor, de como ele chegou a esse cargo e das coisas que vem acontecendo desde que se fez reitor. Como o Tecedora, a Revista Fórum, o Blog do Rovai que pertence à revista Fórum e tantos outros mais, que procuram entender as razões desses estudantes para além daquilo que vem sendo veiculado pela grande imprensa (note no depoimento da aluna, o relato sobre o comportamento de alguns jornalistas de grandes redes de TV e da imprensa escrita).
Não nos enganemos, São Paulo ainda é um reduto de uma oligarquia que adorou a ditadura militar. E pasmem, enquanto na maioria das Universidades Públicas brasileiras, os reitores são escolhidos em eleições livres, com a participação de toda a comunidade acadêmica, na USP, 100 pessoas escolhem uma lista tríplice. O atual reitor ficou em segundo lugar nesta lista e mesmo assim, o então governador José Serra, o escolheu para o cargo.













Desabafo de quem tava lá [Reintegração de Posse]

por Shayene Metri, terça, 8 de Novembro de 2011 às 23:10
Cheguei na USP às 3h da manhã, com um amigo da sala. Ia começar o nosso 'plantão' do Jornal do Campus. Outros dois amigos já estavam lá. A ideia era passar a madrugada lá na reitoria, ou pelas redondezas. 1) para entender melhor a ocupação, conhecer e poder escrever melhor sobre isso tudo. 2) para estarmos lá caso a PM realmente aparecesse para dar um fim à ocupação. 
Conversa vai, conversa vem. O tempo da madrugava passava enquanto ficávamos lá fora, na frente da reitoria, conversando com alunos da ocupação. Alguns com posicionamentos bem definidos (ou inflexíveis), outros duvidando até das próprias atitudes. A questão é: os alunos estavam lá e queriam chamar atenção para a causa (ou as causas, ou nenhuma causa)...e, por enquanto, era só. Não havia nada quebrado, depredado ou destruído dentro da tão requisitada reitoria (a única marca deles eram as pixações). A ocupação era organizada, eles estavam divididos em vários núcleos e tinham medidas pra preservar o ambiente. Aliás, nada de Molotov. 
Mais conversa foi jogada fora, a fogueira que aquecia se apagou várias vezes e eu levantei a pergunta pra alguns deles: e se a PM realmente aparecesse lá logo mais? Seria um tiro no pé dela? Ela sairia como herói? Os poucos que conversavam comigo (eram uns 4, além dos amigos da minha sala) ficaram divididos. "Do jeito que a mídia está passando as coisas, eles vão sair como heróis de novo", disse um. "Se ele vierem vai ter confronto e isso já vai ser um tiro no pé deles", disse outra. Mas, numa coisa eles concordavam: poucos acreditavam que a PM realmente ia aparecer. 
Eu achava que a PM ia aparecer e muito provavelmente isso que me fez ficar acordada lá. Não demorou muito e, pronto, muita coisa apareceu. A partir daí, meu relato pode ficar confuso, acho que ainda não vou conseguir organizar tudo que eu vi hoje, 08 de novembro.
Muitos PMs chegaram, saindo de carros, motos, ônibus, caminhões. Apareceram helicópteros e cavalaria. Nem eu e, acredito, nem a maior parte dos presentes já tinham visto tanto policial em ação. Estávamos em 5 pessoas na frente da reitoria. Dois estudantes que faziam parte da ocupação, eu e mais 2 amigos da minha sala, que também estavam lá por causa do JC. Assim que a PM chegou, tudo foi muito rápido:

os alunos da ocupação que estavam com a gente sugeriram: "Corram!", enquanto voltavam para dentro da reitoria. Os dois amigos que estavam comigo correram para longe da Reitoria, onde a imprensa ainda estava se posicionando para o show. Eu, sabe-se lá por qual motivo, joguei a minha bolsa para um dos meninos da minha sala e voltei correndo para frente da reitoria, no meio dos policiais que avançavam para o Portão principal [e único] da ocupação.
Tentei tirar fotos e gravar vídeos de uma PM que estava sendo violenta com o nada, para nada. Os policiais quebravam as cadeiras no carrinho, faziam questão do barulho, da demonstração da força. Os crafts com avisos dos estudantes, frases e poemas eram rasgados, uma éspecie de símbolo. Enquanto tudo isso acontecia, parte da PM impedia a imprensa de chegar perto da área, impedindo que os repórteres vissem tudo isso. Voltando para confusão onde eu tinha me enfiado: os PMs arrombaram a porta principal, entraram (um grupo de mais ou menos 30, eu acho) e, logo em seguida, fecharam o portão. Trancaram-se dentro da reitoria com os alunos. Coisa boa não era.
Depois disso, o outro grupo de PMs,que impedia a mídia de se aproximar dessas cenas que eu contei , foi abrindo espaço. Quer dizer, não só abrindo espaço, mas também começando (ou fortalecendo) uma boa camaradagem para os repórteres que lá estavam atrás de cenas fortes e certezas. 
"Me sigam para cá que vai acontecer um negócio bom pra filmar ali agora", disse um dos militares para a enxurrada de "jornalistas".
A cena era um terceiro grupo de PMs, arrombando um segunda porta da reitoria, sob a desculpa de que queria entrar. O repórter da Globo me perguntou (fui pra perto deles depois da confusão em que me meti com os policiais no início): "os PMs já entraram, não? Por que eles tão tentando por aqui também?". Respondi: "sim, já entraram. E provavelmente estão fazendo essa cena pra vocês terem algum espetáculo pra filmar" 
A palhaçada organizada pelos policiais e alimentada pelos repórteres que lá estavam continuou por algumas horas. A imprensa ia contornando a reitoria, na esperança de alguma cena forte. Enquanto isso, PM e alunos estavam juntos, dentro da Reitoria, sem ninguém de fora poder ver ou ouvir o que se passava por lá. Quem tentasse entrar ou enxergar algo que se passava lá na Reitoria, dava de cara com os escudos da tropa de choque, até o fim.
Enquanto amanhecia, universitários a favor da ocupação, ou contra a PM ou simplesmente contra toda a violência que estava escancarada iam chegando. Os alunos pediam para entrar na reitoria. Eu pedia para entrar na reitoria. Tudo que todo mundo queria era saber o que realmente estava acontecendo lá dentro. A PM não levava os estudantes da ocupação para fora e o pedido de todo mundo era "queremos algo às claras". Por que ninguém pode entrar? Por que ninguém pode sair? 
Enquanto os alunos que estavam do lado de fora clamavam para entrar, ouvi de um grupo de repórteres (entre eles, SBT): "Não vamos filmar essas baboseiras dos maconheiros não! O que eles pedem não merece aparecer". Entre risadas, pra não perder o bom humor. Além dos repórteres que já haviam decidido o que era verdade ou não, noticiável ou não, tinham pessoas misturadas a eles, gritando contra os estudantes, xingando. Eu mesma ouvi muitas e boas como "maconheirazinha", "raça de merda" e "marginal" . 
Os estudantes que enfrentavam de verdade os policiais que faziam a 'corrente' em torno da Reitoria eram levados para dentro. Em questões de segundos, um estudante sumia da minha frente e era levado pra dentro do cerco. Para sabe-se lá o que.
Lá pras 7h30, depois de muito choro, puxões e algumas escudadas na cara, comecei a ver que os PMs estavam levando os estudantes da ocupação para dentro dos ônibus. Uma menina foi levada de maneira truculenta, essa foi a única coisa que meu 1,60m de altura conseguiu ver por trás de uma corrente da tropa de choque. Enquanto eu tentava entrar no cerco, para entender a história, a grande mídia já estava lá dentro. Fui conversar com um militar, explicar da JC. Ouvi em troca "ai, é um jornal da usp. De estudantes, não pode. Complica".
Os ônibus com os alunos presos saíram da USP. Uma quantidade imensa de outros alunos gritavam com a PM. Eu e os dois amigos da minha sala (aqueles da madrugada) pegamos o carro e fomos para a DP.
Na DP, o sistema era o mesmo e meu cansaço e raiva só estavam maiores. Enjoo e dor de cabeça, era o meu corpo reagindo a tudo que eu vi pela manhã. Alunos saiam de 5 em 5 do ônibus para dentro da DP. Jornalistas amontoados. Familiares chegando. Alunos presos no ônibus, sem água, sem banheiro, sem comida, mas com calor. Pelo menos por umas 3h foi assim. 
Enquanto a ficha caia e eu revisualizava todo o horror da reintegração de posse, outras pessoas da minha sala mandavam mensagens para gente, de como a grande imprensa estava cobrindo o caso. Um ato pacífico, né Globo? Não foi bem isso o que eu vi, nem o que o JC viu, nem o que centenas de estudantes presenciaram. 

Enfim, sou contra a ocupação. Sempre tive várias críticas ao Movimento Estudantil desde que entrei na USP. Nunca aceitei a partidarização do ME. Me decepciono com a falta de propostas efetivas e com as discussões ultrapassadas da maioria das assembléias. Mas, nada, nada mesmo, justifica o que ocorreu hoje. Nada pode ser explicação pra violência gratuita, pro abuso do poder e, principalmente, pela desumanização da PM. 
Não costumo me envolver com discussões do ME, divulgar textos ou participar ativamente de algo político do meio universitário. Mas, como poucos realmente sabem o que aconteceu hoje (e eu acredito que muita coisa vai ser distorcida a partir de agora, por todos os lados), achei que valeria a pena escrever esse texto. Taí o que eu vi.
momento em que os primeiros PMs entraram na reitoria





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Mas ontem mesmo, os demais estudantes da USP resolveram entrar em greve contra todas as arbitrariedades cometidas pela polícia e pela reitoria nesse episódio, e contra todas as arbitrariedades que há muito tempo vem sendo cometidas pelo próprio reitor da Universidade





domingo, 6 de novembro de 2011

Mutirão Biblioteca Comunitária







Há aproximadamente duas semanas teve início o mutirão de construção da Biblioteca Comunitária Caranguejo Tabaiares (BCCT). Essa biblioteca já tem mais de cinco anos e surgiu da iniciativa de um grupo de moradores da comunidade Caranguejo Tabaiares, que fica na Ilha do Retiro, próxima ao SEBRAE, ao Sport Club do Recife e à Universidade de Pernambuco.
O envolvimento dos jovens da comunidade com o projeto da biblioteca é o ponto alto de sua sustentabilidade, mas eles também contam com o apoio de outras instâncias locais, como o Grupo dos Idosos (coordenador por Cleonice, conhecida por Nice)  com quem mantém uma firme parceria  a  Associação de Moradores e o Centro Publico de Economia Popular e Solidária “Maria Luzinete Costa”.
O forte senso de organização, solidariedade e espírito coletivo de seu coordenador Reginaldo Pereira é responsável pela mobilização de várias entidades que colaboram com  a BCCT. Além das entidades citadas acima, situadas no seu entorno, a biblioteca conta ainda com a contribuição do ETAPAS, SEBRAE, FCAP, da FAFIRE, da Fundação de Cultura Cidade do Recife, do Programa Manuel Bandeira,  do Programa Pernambuco Lendo, Companhia Criativa e outras. E com a solidariedade de uma Rede de Amigos, cujos integrantes ajudam com serviços e às vezes com pequenas contribuições financeiras.
Desde 2007  a BCCT integra a Rede de Bibliotecas Comunitárias do Recife (Releituras) que tem apoio financeiro e assessoria pedagógica do Instituto C&A (Programa Prazer em Ler)
A biblioteca funciona nos três turnos e atende diariamente aproximadamente 50 crianças.  Além de Reginaldo, mais oito jovens atuam na biblioteca desempenhando as tarefas de mediação de leitura, auxiliar administrativo e atualização do blog. São Ana Paula, Jadilson, Janaina, Jully, Leninha, Mayara, Rayane, e Rodolfo.
Uma das ações importantes realizadas pela biblioteca é o atendimento às crianças da Escola Municipal Santa Edwiges, que fica na circunvizinhança, através do Programa Mais Educação (MEC). Existe um convênio formal entre MEC/Escola e a biblioteca, firmado através de acordo que estabelece o atendimento a um número determinado de crianças que não desenvolveram adequadamente as competências básicas de leitura e escrita, conforme os sistemas de avaliação nacional, estadual e municipal. 
As crianças são atendidas no contra turno escolar, para participar de leitura de textos literários,  ouvir histórias e escrever, buscando superar as lacunas relativas ao processo de alfabetização, muito comuns em ambientes cujas famílias ainda não se apropriaram da cultura letrada.
Somando os recursos oriundos desse convênio, com os do projeto do Instituto C&A, com algumas bolsas disponibilizadas pelo Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores, os jovens transformam o total numa espécie de bolsa auxilio BCCT e fazem uma redistribuição per capita que chega a  aproximadamente a 50% do salário mínimo. Isso não é regular e em alguns meses, especialmente em janeiro e julho, por causa das férias, eles não contam com os recursos do Programa Mais Educação, o que provoca uma míngua na bolsa, que prejudica e às vezes impossibilita esse compartilhamento.
Curiosamente nesses dois meses, os jovens realizam uma atividade programática da maior importância – a Semana do Conto de Histórias – que na verdade é uma quinzena e tem como objetivo oferecer um programa intenso de leitura e linguagens, a aproximadamente 150 crianças diariamente (nos três turnos) como uma alternativa de ocupação sadia nas férias. Além do envolvimento direto dos 09 jovens, eles mobilizam o dobro disso de voluntários da comunidade que se envolvem com a atividade, além de contar com a participação também voluntária de poetas, contadores de histórias, escritores, músicos , cordelistas, entre outros.
A precariedade do espaço onde atualmente funciona a BCCT fez com que esses jovens da BCCT, com apoio de Nice, do Clube de Idosos,  partissem para a construção de uma nova sede que deverá abrigar as duas instituições. Ou seja, a coordenação do Clube de Idosos propôs derrubar um barraco onde funcionava a sua sede (o que já foi realizado) e dar início à construção de um novo espaço, mais amplo e com melhor estrutura. No que se refere à assessoria técnica da construção, estão contando com a ajuda de engenheiros e arquitetos ligados à UPE.
 A nova construção terá um piso térreo, a ser destinado ao Clube dos Idosos; e o primeiro piso, onde funcionará a BCCT. Isso porque a casa onde atualmente funciona a biblioteca se tornou muito pequena para abrigar mais de cinco mil livros que hoje constitui o acervo da biblioteca. Não existe mais espaço para estantes e para a recepção de novos livros.  Além disso, a casa não oferece condições adequadas de atendimento aos usuários, que no momento, são majoritariamente crianças e adolescentes. E o aluguel representa um custo adicional, para quem sobrevive com recursos tão minguados.
Todos estão convidados a participarem do mutirão de construção da nova sede da BCCT / Grupo dos Idosos, contribuindo com serviços, materiais de construção e doação financeira.  Quem quiser entrar nessa ciranda  pode  fazer contato com a BCCT nos telefones 8785-9536 ou 3077-2535. Ou acessar o blog
 http:// bibliotecacomunitariact.blogspot.com/ construcabccteciuv.blogspot.com
Além disse pode participar do Fórum em Defesa do Livro, da leitura e das bibliotecas, para ampliar o debate sobre o papel fundamental das bibliotecas numa política publica de leitura.  O fórum conta com a representação de  várias instâncias governamentais e da sociedade civil, mas  é muito bem vinda a participação dos gestores, conselheiros de educação e cultura e dos representantes da Câmara Municipal e à Assembléia Legislativa.
Um dos entraves enfrentados no momento neste fórum é saber como avançar na execução de um projeto de lei que já foi votado e sancionado há praticamente dois anos  e não se sabe o que está impedindo a operacionalidade. A lei contempla ações em parceria entre estado e sociedade civil enfatizando o aprendizado de uma gestão compartilhada e democrática, na perspectiva das redes.
Diante de um trabalho tão importante, conduzido por jovens que sobrevivem no limite da linha de pobreza e abrem, com esforços próprios, caminhos para a inserção no mundo da leitura, escrita e informação, perguntamos por que é tão difícil para os gestores estabelecerem políticas que:
·         Valorizem as bibliotecas como ambientes de acesso à informação e disseminação da cultura letrada?

·          Apóiem as bibliotecas comunitárias, criando um fundo voltado para a renovação permanente de acervo e melhoria das instalações, envolvendo o desenvolvimento de concepção de ambientes adequados?

·         Criem uma modalidade de bolsa, para jovens agentes de leitura das comunidades?

·         Fortaleçam a Universidade apoiando cursos de formação de mediadores de leitura e orientações técnicas à catalogação e informatização de acervos e incentivo ao sistema de empréstimos e circulação dos livros entre as famílias?
Carminha Bandeira
Recife, 03.11.2011

Publicado originalmente no Interpoética