domingo, 12 de maio de 2013

Para a(s) minha(s) mãe(s)

Para a minha mãe e para a minha Nana (Nazinha). Deixando aqui a minha homenagem também a todas as mulheres que geraram filhos biológicos, que criam/criaram filhos gerados em outro ventre, assim como para todas aquelas que, mesmo sem gerar, mesmo sem criar, carregam no íntimo o amor materno e o oferece a todos(as) que encontram a sua frente, ao seu lado (sobrinhos, irmãos, pais, maridos, amigos, natureza). E também para todos os homens que cumprem a função não apenas de pais, mas também de mães, no cuidado aos filhos que porventura tenham criado sozinhos. O poema de Teresa Horta é a expressão maior do que vai no meu coração hoje, agora.


Cremilda, minha mãe


Nair (minha Naná, nossa Nazinha)



DAÍ DA MÃE

Hoje, acordei enrodilhada em mim mesma,
de inquietação,numa mágoa de falta.
Numa queda de abismo

Sem entender, como posso existir sem ti,
minha loura 
Respirar sem o teu cordão umbilical? 
Como posso viver sem o teu desassossego, 
minha Ana Karenina?

Hoje, a rosa que tenho para te dar, é um poema.
Lembraste?

MINHA MÃE MEU AMOR

Respirar-te o sangue
bebendo-te o perfil

bordando-te o perfil

A ponto-pé-de sombra
e de flor

a ponto-pé-de-amor

Respirar-te o mover
bebendo-te o sorrir

bordando-te o sorrir

a ponto-pé-de parto
e de partir

a ponto-pé de-afago
e de flor

Minha mãe
meu amor


Teresa Horta

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