Para a minha mãe e para a minha Nana (Nazinha). Deixando aqui a minha homenagem também a todas as mulheres que geraram filhos biológicos, que criam/criaram filhos gerados em outro ventre, assim como para todas aquelas que, mesmo sem gerar, mesmo sem criar, carregam no íntimo o amor materno e o oferece a todos(as) que encontram a sua frente, ao seu lado (sobrinhos, irmãos, pais, maridos, amigos, natureza). E também para todos os homens que cumprem a função não apenas de pais, mas também de mães, no cuidado aos filhos que porventura tenham criado sozinhos. O poema de Teresa Horta é a expressão maior do que vai no meu coração hoje, agora.
Cremilda, minha mãe
Nair (minha Naná, nossa Nazinha)
DAÍ DA MÃE
Hoje, acordei enrodilhada em mim mesma,
de inquietação,numa mágoa de falta.
Numa queda de abismo
Sem entender, como posso existir sem ti,
minha loura
Respirar sem o teu cordão umbilical?
Como posso viver sem o teu desassossego,
minha Ana Karenina?
Hoje, a rosa que tenho para te dar, é um poema.
Lembraste?
MINHA MÃE MEU AMOR
Respirar-te o sangue
bebendo-te o perfil
bordando-te o perfil
A ponto-pé-de sombra
e de flor
a ponto-pé-de-amor
Respirar-te o mover
bebendo-te o sorrir
bordando-te o sorrir
a ponto-pé-de parto
e de partir
a ponto-pé de-afago
e de flor
Minha mãe
meu amor
Teresa Horta
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