Guto Holanda - Pai e filha - óleo sobre tela.
Pai, como eu
lembro tanto.
Nos teus braços
adormecia
embalada por
teus contos
de assombro
e de encantos.
Pai, como
eu me lembro
dos dias
de teus desencantos,
a segurar tuas mãos
com minhas mãos
de menina
assombrada
num instante,
mas depois
reconfortada
pela dor
apaziguada
E como lembro, pai
querido, que
eras todo sentido
no teu afeto
e amor.
Ah! pai como
eu queria
poder te dizer de novo
tudo aquilo que sentia,
quando então me protegias
no calor dos teus abraços.
E te sentir
novamente
e ficar assim contente
como quando era criança
e brincava na ilusão
de que eras para sempre
de que não te perderia.
Rejane Cavalcanti
Recife, 11 de Agosto de 213.
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