"No princípio era a lama. O Coque alagado do Rio Capibaribe foi sendo aterrado, palmo a palmo por seus moradores. Até que a lama se pintou de memórias e de uma história que já ultrapassa um século. Por estar molhada, aquela terra virou terreno de marinha, terreno da União. Por ser pobre, tornou-se Zona Especial de Interesse Social, Zeis."
"É histórico, o poder público só entra no Coque para operar desapropriações. Apesar da comunidade ter conquistado o direito a ser Zeis (Zona Especial de Interesse Social), continua com situação precária de saneamento, saúde e educação. O fato é, o bairro fica localizado em zona estratégica de Recife. Ao invés do governo realizar a urbanização da comunidade, vem ao longo dos anos expulsando, pouco a pouco, seus moradores realizando obras que não beneficiam a comunidade, com o discurso de que se trata de trazer desenvolvimento para a cidade."
"Para muitos em Recife, a Zeis Coque é apenas uma notícia negativa no jornal. Para as grandes empreiteiras, um lugar estratégico para possíveis construções. Para os 40 mil moradores do bairro, o Coque é sua casa, o lugar onde constroem sua história, sua memória.
Por estar localizado em área central do Recife, o lugar é alvo da especulação imobiliária. Por ser local de “ocupação irregular” é tido pelo poder público como entrave nas obras de “desenvolvimento” da cidade. Apesar de ser uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), áreas demarcadas no território de uma cidade para assentamentos habitacionais de população de baixa renda.
Desde 1975 várias famílias já foram desapropriadas. O Coque perdeu 51% de seu território. Agora, em nome de obras de "mobilidade urbana" para a Copa de 2014, 58 famílias estão sendo desalojadas para a ampliação do sistema viário de acesso ao Terminal Integrado Joana Bezerra. Algumas famílias receberam carta de despejo, mas se recusam a sair de suas moradias, único bem que possuem.
Primeiro vídeo de uma série que tratará sobre o direito à moradia."
Por estar localizado em área central do Recife, o lugar é alvo da especulação imobiliária. Por ser local de “ocupação irregular” é tido pelo poder público como entrave nas obras de “desenvolvimento” da cidade. Apesar de ser uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social), áreas demarcadas no território de uma cidade para assentamentos habitacionais de população de baixa renda.
Desde 1975 várias famílias já foram desapropriadas. O Coque perdeu 51% de seu território. Agora, em nome de obras de "mobilidade urbana" para a Copa de 2014, 58 famílias estão sendo desalojadas para a ampliação do sistema viário de acesso ao Terminal Integrado Joana Bezerra. Algumas famílias receberam carta de despejo, mas se recusam a sair de suas moradias, único bem que possuem.
Primeiro vídeo de uma série que tratará sobre o direito à moradia."
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